Franca quer ser destaque em produção de mel com inauguração do 1º meliponário do Brasil
Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento de SP | 14/12/2015 18:31:52 |
Além dos melhores cafés, gado para corte e leite e a criação de tilápias em tanques-rede, o município de Franca agora quer ser destaque em produção de mel com a inauguração, na sexta-feira, 11 de dezembro, nas dependências do Jardim Zoobotânico do município, do primeiro Meliponário do Brasil, que conta com 280 colônias de 11 espécies diferentes. A cerimônia ocorreu durante a sexta edição do Seminário de Meliponicultura e contou com a presença do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim. Durante o evento, organizado pela Prefeitura Municipal de Franca, foram discutidos diversos temas voltados à prática da criação racional das abelhas sem ferrão.
Arnaldo Jardim, que representava o governador Geraldo Alckmin, afirmou que o objetivo de sua visita era ver, aprender e multiplicar a experiência pelos demais municípios do Estado. O secretário aproveitou para destacar os quatro eixos sobre os quais se sustenta sua gestão: harmonia com o meio ambiente, ou seja, a agricultura não pode continuar a ser apontada como inimiga das questões ambientais; aproximação entre pesquisa e produção, as descobertas científicas são inúteis se não chegarem ao alcance dos agricultores, especialmente os pequenos; apoiar a agricultura familiar para que ocupe o lugar que merece dentro da economia do município; e por último, mas não menos importante, zelar pela sanidade do produto agrícola desde o fornecimento de sementes e cultivares selecionados, passando pelo manejo correto e orientações sobre armazenamento e comercialização para garantir que a sociedade possa consumir produtos de qualidade.
“Esse seminário tem tudo a ver com esses paradigmas. Seguindo a orientação de Geraldo Alckmin para colocar a estrutura da Pasta a serviço da produção, nada melhor do que compartilhar os conhecimentos de um produtor com os outros. Também estamos encaminhando, por intermédio da Câmara Setorial de Apicultura, uma resolução para que a abelha sem ferrão seja considerada animal domesticado, o que vai simplificar muito a comercialização dos produtos. O governador está consciente da necessidade e disposto a bancar essa revisão da legislação. Primeiro vamos fazer a nível estadual, depois vamos tentar levar para o País inteiro”, afirmou o secretário.
A Meliponicultura é uma atividade milenar que foi iniciada pelos indígenas, antes da colonização europeia. A atividade oferece condições para pequenos produtores adicionarem uma fonte de renda ao seu orçamento mensal. A criação de abelhas sem ferrão é bastante rústica e se enquadra perfeitamente no modelo sustentável de desenvolvimento econômico, sendo as principais espécies do Estado: Mandaçaia, Uruçu Amarela, Marmelada, Mandaguari, Jataí e Mirim.
“O objetivo desse seminário é promover a preservação do meio ambiente, ensinando o produtor a utilizar a mata para gerar renda sem degradar, pelo contrário, ele (o produtor) vai ter que preservar, plantar mais. Vamos acompanhar todo o processo, preparar mudas, oferecer sementes, oferecer as abelhas e dar assistência técnica para que possam implantar a estrutura em suas terras. Podem utilizar os materiais que tem na fazenda, não precisa comprar nada”, afirmou o prefeito Alexandre Augusto Ferreira.
Arnaldo Jardim também comentou sobre as outras atividades que teve ao longo do dia, como a inauguração de um frigorífico no município de Rifaina que a qualifica como o maior polo de produção de pescado de água doce do País, com potencial para se tornar o maior da América Latina e as reuniões com produtores rurais de Guará e Igarapava. Também comentou a etapa final do concurso internacional de cafés naturais, que, pela primeira vez, tinha quatro amostras da região entre as finalistas.
Compareceram ao evento: Fernando Luiz Baldochi, vice-prefeito; Marco Antônio Garcia, presidente da Câmara dos Vereadores; Carlos Arantes Corrêa, secretário municipal de Desenvolvimento; Cristiano Menezes e Ricardo Camargo, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Daniel Malusá Gonçalves, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP); Genna Souza, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB); José Mauro Souza, das Centrais Elétricas de Furnas; Marco Pignatari, da Abelha Brasil; Pedro César Barbosa Avelar, diretor do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Franca e Guilherme Luís Figueiredo Andrade, diretor do Escritório de Defesa Agropecuária de Franca.
Por Nara Guimarães
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