Segundo a Federação Tocantinense de Apicultores, o estado produz 70 toneladas de mel anualmente. A abelha é responsável atualmente pela maior parte dos alimentos que chegam na mesa da população.
“Hoje as abelhas são responsáveis por 75% do que nós nos alimentamos, do que vêm a nossa mesa. Essa alimentação depende do serviço braçal das abelhas, que é ir e fazer a polinização e garantir o fruto, alimento, o sustento na nossa mesa”, explicar o meliponicultor José Neuto.
O José Lustosa Dourado tem experiência como apicultor há 32 anos. Ele começou recentemente a apostar na produção de mel e mantêm o sustento através disso. O apiário dele fica em uma propriedade em Gurupi, no sul do estado.
O criador comenta que o desaparecimento do inseto tem diminuído a produção de mel. “Tem morrido muito enxame, tem colega que perdeu todos. Cada colheita lá era 800 quilos. Hoje está na média de 300 a 500 quilos se for bem manejada. Se for troca de cera. Se deixar para lá, não passa de 200. Tem que dedicar”, comentou.
O biólogo Marco Marcolino, comenta o risco que o desaparecimento das abelhas traz para a natureza e o negócio de apicultores e meliponicultores do Tocantins.
“Existem colegas apicultores que vem perdendo todas as suas colônias. A abelha também participa da polinização de muitas espécies, tanto ornamentais ou frutíferas, ou mesmo nativas. E elas vem morrendo em todo o país devido ao uso intensivo de inseticidas e herbicidas nas lavouras. É um problema que vai ter um custo em breve e não muito longe desse momento”, comentou.
Apesar dos problemas, José Neuto insiste na produção e se dedica às abelhas sem ferrão, espécies que vivem em harmonia com o ser humano. Uma delas é a abelha tocantinense ‘marmelada’. O litro do mel produzido por ela pode custar R$100. O litro do mel da uruçu amarela pode ser vendido à R$200 e a da abelha jataí pode chegar a R$300.
Fonte: G1 Tocantis
Veja link para a reportagem em video:
https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2019/04/21/desmatamento-e-uso-de-agrotoxicos-fazem-producao-de-mel-cair-quase-50percent-no-tocantins.ghtml
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