IX Encontro de meliponicultores do RN e I Encontro Seridoense em Caicó
Meliponicultores do Rio Grande do Norte reúnem-se em Caicó para discutir a regulamentação da meliponicultura potiguar: buscam-se estratégias para alcançar a preservação das espécies e a geração de renda.
O participante Víctor Hugo fez questão de registrar e compartilhar as movimentações em prosa e verso. Confiram!
A pergunta ficou e quero que seja sincero: Em algum evento, teve tanta gente, como nesse de Caicó?
Meliponicultura é arte dos Deuses; povos indígenas já o sabiam; fizeram, os Maias, da abelha, umas de suas divindades e ocupavam templos inteiros.
A Deusa-rainha, sempre muito fecunda, trazia fartura para os ritos do ano; Abastecendo armazéns com nozes, frutas, grãos, alimentava toda a nação.
No Nordeste brasileiro, a atividade cresceu e ganhou chão; teve em Monsenhor Bruening um dos patronos desse maravilhoso mundo.
Nogueira e Vera, em São Paulo; Kerr, no Maranhão; Seu Chagas, Rodrigues e Lula do Mel, nos confins de Pernambuco; Paulo Menezes, Tertuliano e tantos outros, no País de Mossoró.
Em 2004, valorizaram a cultura de nossas abelhas; ocuparam três mil lugares, no auditório da Capital do Sol: verdadeira colônia humana, reunida, pelas abelhas, pela ciência! Ali estavam Chagas, Menezes, Tertuliano e tantos outros fãs anônimos dessa belezas.
Em 2010, foi a vez do congresso Ibero-latino bater em nossa porta, e lá estavam Kátia, Lionel e Message impulsionando a atividade de nossa gente.
Em 2013, houve aquela inquietação; Gonçalves não dormia, com tanta lamentação: Era o fipronill e o fosforado matando as abelhas, por todos os lados;
e foi aí que a campanha “Sem abelha, sem alimento” começou.
Em 2014, por meio da academia, foi constatado, que a Jandaíra era a abelha mais criada pelo povo potiguar. Muita gente se esforçou, como o caso do grande Ulisses que, da Grécia retornou dizendo para Carvalho: “O RN tem seu valor, pois há muito Meliponicultor.”
2016 é outro marco: Surge nossa Associação, com o escopo de atrelar renda e preservação, atendendo as meninas nativas, filhas de nossa terra, que coabitam o semiárido, do litoral ao sertão.
Por aqui, a exótica não tem muita vez: Vamos valorizar o Jati, a rajada, o Arapuá, a Amarela, a Uruçu-nordestina; a moça-branca e, também, a nossa a remela; são dezenas de abelhas lindas, que se encontram, em nossa terra.
Em 2017, que alegria!Dirk, Mir e Vera Lúcia brindam-nos com belo acervo sobre a nossa Jandaíra.
Em 2018 e 2019, as atividades não cessam. EMATER e AMEP, em união, comungam da idealização: juntas levam a Meliponicultura para o meio do sertão.
Em 2020, o desafio do isolamento: “Deus Meu, quando será possível a próxima aglomeração”?
E 2021 foi ainda mais difícil: Quantos nomes nos deixaram, aumentando o sacrifício daqueles que ficaram?
Foi quando a vacina chegou, que o jogo virou, em nosso benefício. No dia 23 de outubro, revivemos a esperança: Meliponicultores reunidos em prol da aliança, em tratar o ser abelha com sua relevante importância.
Victor Hugo. Caicó, 23/10/2021
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