Misteriosa morte de abelhas preocupa apicultores da região de Marília
Os produtores de mel da região de Marília estão preocupados com a morte de abelhas percebida desde o começo do ano que já afetou dezenas de apicultores. De acordo com a Amar (Associação dos Apicultores de Marília e Região) o problema já aparece em cerca de 20% das 108 propriedades que fazem parte da entidade. O temor é que a mortandade se alastre e acabe dizimando a produção local, que gira em torno de 50 toneladas por ano.
De acordo com o presidente da entidade, Fernando Mauro Lopes Ferreira apenas um dos produtores associados perdeu mais de 600 colméias nos últimos dias. Nesse caso, o prejuízo ultrapassa os R$ 200 mil. “Na nossa região o problema começou a aparecer no começo do ano. Na ocasião eu visitei três produtores e verifiquei centena de milhares de abelhas mortas. Nas últimas semanas, nós percebemos novos casos”, diz.
Ocorrências parecidas, diz o apicultor, já foram identificados em outras partes do Brasil e do mundo, como nos EUA e na Europa e a suspeita é que a causa da morte seja a utilização de certos tipos de agrotóxicos. “Fomos orientados a recolher esses animais para enviá-los para uma análise e estamos correndo atrás disso. Mas a princípio tudo indica que elas estão sendo envenenadas”, diz.
A tese de Ferreira é de que as abelhas têm contato com agrotóxicos enquanto recolhem o pólen das flores e acabam envenenando toda a colméia. Em seguida, se nada é feito com rapidez, o mel continua dentro dos caixotes onde são produzidos e continuam atraindo outros insetos que levam o veneno para outras unidades produtoras. “É uma reação em cadeia bastante preocupante. As abelhas voam um raio de até quatro quilômetros”, alerta.
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