UFERSA inaugura Meliponário Paulo Menezes na Fazenda Experimental
O Dia Mundial da Abelha, 20 de maio, foi comemorado com a inauguração do Meliponário Paulo Meneses, na Fazenda Experimental Rafael Fernandes, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. A homenagem é um reconhecimento dos criadores de abelhas potiguares ao trabalho deixado pelo meliponicultor falecido no ano passado, vítima da Covid-19. “Recebemos essa homenagem com muito orgulho, pois ele viveu para a abelha jandaíra por mais de 40 anos”, afirmou a viúva de Paulo Menezes, Simone Menezes, ao agradecer a homenagem. A instalação do meliponário é mais uma iniciativa do Núcleo de Capacitação Tecnológica em Apicultura – NCTA – coordenado pela professora da UFERSA, Kátia Gramacho.
A programação comemorativa começou na segunda-feira, com o Seminário de Apicultura no Hotel Vila Oeste, tendo como ponto alto a inauguração do Meliponário Paulo Meneses. “O NCTA é um espaço de referência para os apicultores onde é ofertados cursos de capacitações, além de ser um local para a socialização de informações sobre o manejo com abelhas, trocar a cera bruta pela cera alveolada e, breve estaremos distribuindo também abelhas rainhas geneticamente melhoradas”, pontuou a professora Kátia. O Núcleo de Apicultura da UFERSA é aberto para todos os apicultores da região, inclusive, na oferta de cursos que são oferecidos por meio das associações.
O NCTA foi idealizado pelo professor Lionel Segui Gonçalves, um dos principais pesquisadores na área da apicultura do país durante passagem dele pela UFERSA como professor visitante. “Eu vim trabalhar aqui em Mossoró e nunca imaginei que um dia estaria numa situação de grande satisfação. É uma fase da minha vida em que jamais irei esquecer. O que tenho a dizer é que o produto é para beneficiar a apicultura brasileira, a meliponicultura. A UFERSA está de parabéns pelo trabalho feito aqui na Fazenda Experimental”, considerou o professor Lionel que veio de Ribeirão Preto, em São Paulo, para participar da inauguração e das comemorações da Universidade pela passagem do Dia Mundial da Abelha.
A perspectiva do professor Lionel é de que em muito em breve o NTCA se transforme numa referência nacional e até internacional em estudos, pesquisas e manejos com abelhas. O Dr. Lionel também é o idealizador da Campanha No Bee, No Food (Sem Abelha, Sem Alimentos), de abrangência internacional.
No que depender da atual gestão da Universidade o reconhecimento virá rápido. “Queremos assegurar a garantia e a expansão desse trabalho que teve o professor Lionel como grande precursor e a continuidade da professora Kátia Gramaçho e a equipe dela para avançar e expandir em prol do desenvolvimento regional”, assegurou a reitora Ludimilla Oliveira.
A reitora considera a Fazenda Experimental Rafael Fernandes como o maior laboratório da Universidade onde tudo que é produzido, manejado no local tem um sentindo científico com perfil tecnológico. “A nossa perspectiva é de que a partir da Fazenda possamos fazer o nosso primeiro convênio internacional com o país de Israel, inclusive, com a expectativa de recebermos uma visita do embaixador de Israel no Brasil a Fazenda Experimental”, anunciou Ludimilla.
A presidente da Associação dos Meliponicultores, Erione Belém, é grata ao apoio que os apicultores vêm recebendo nos últimos anos da UFERSA. “É uma iniciativa importante por agregar a academia com a atividade de meliponicultura com apoio concreto e constante. A Universidade vai ao campo o que é muito importante para nós que atuamos com a meliponicultura”, opinou a representante dos apicultores que há 14 anos cria abelhas e a 6 preside a Associação.
Durante a solenidade, a Universidade, por meio do Projeto de Extensão Plataforma Sabiá, entregou para a Associação dos Meliponicultores os primeiros 15 kits coletores de mel dos 60 que serão entregues pela UFERSA. “Promovemos capacitações continuadas, organizamos normas técnicas para a meliponicultura, análises laboratoriais do mel e agora estamos fornecendo esses coletores para os apicultores”, adiantou o professor Jean Berg, coordenador do Projeto Plataforma Sabiá.
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