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O DESAPARECIMENTO DAS ABELHAS
A apicultura e a meliponicultura no mundo todo enfrentam hoje o seu maior desafio: as abelhas, principais polinizadores da natureza, estão desaparecendo. Os primeiros relatos apontando o desaparecimento em larga escala de abelhas vieram dos EUA, mas hoje este problema também se manifesta na Europa, América do Norte, América Latina e, particularmente, no Brasil.
Estudos científicos indicam que este fenômeno é sintomático e epidêmico, causado por um distúrbio que mundialmente passou a ser denominado CCD (Colony Collapse Disorder – Síndrome do Colapso das Colônias) ou, simplesmente, Síndrome do Desaparecimento das Abelhas.
Porém, o declínio desses importantes polinizadores fica evidente também pelos relatos de mortes massiva de abelhas em apiários e meliponários, um fenômeno que se repete silenciosamente na natureza, atingindo também as abelhas silvestres.
O PROBLEMA NO BRASIL
As estatísticas sobre a atividade apícola no Brasil infelizmente são escassas, e um canal para o registro compartilhado do desaparecimento e morte massiva de abelhas apenas começou a ser feito a partir da iniciativa da campanha “Sem Abelha, Sem Alimento”, quando do lançamento do aplicativo Bee Alert. Antes, porém, destaca-se o importante trabalho do pesquisador Prof. Dr. Osmar Malaspina, da Unesp de Rio Claro, que estudou a morte de milhares de colmeias, em particular no estado de SP.
O aplicativo Bee Alert tinha, até julho de 2017, mais de 280 casos documentados na América Latina (sendo 95% deles no Brasil), com mais de 20 mil colmeias afetadas, e 1 bilhão de abelhas exterminadas. Mas o assunto tem ganhado a atenção da mídia, por se apresentar como um problema que evolui e se expande de forma preocupante. Confira abaixo algumas manchetes em importantes jornais, revistas e portais de notícias do Brasil e do mundo relatando o tema.
O Perigo dos Agrotóxicos
O Departamento de Agricultura dos EUA relatou em Maio de 2013 a morte de quase 1/3 das abelhas depois do inverno de 2012/2013, e a redução, nos últimos 6 anos, foi de 30,5% do número de colônias de abelhas. Estudos apontam os defensivos agrícolas, particularmente os pesticidas neonicotinoides, como uma das principais hipóteses para explicar o CCD.
Em maio de 2013, a União Europeia, numa clara preocupação com os efeitos decorrentes do declínio dos polinizadores, suspendeu por 2 anos o uso dos pesticidas neonicotinoides que contêm Clotianidina, Tiametoxam e Imidacloprida, para determinadas culturas. Estes produtos indicavam ser altamente tóxicos às abelhas. O banimento passou a vigorar em 01/12/13 e será revisto ao final de 2015.
Estudo vincula inseticidas neonicotinoides com desaparecimento das abelhas
Um estudo da Universidade de Harvard vincula o uso dos inseticidas neonicotinoides (de origem na molécula de nicotina) com o desaparecimento das colônias de abelhas durante o inverno.
Os resultados da pesquisa, publicados na revista “Bulletin of Insectology”, reforçam os de outros trabalhos similares que relacionam o conhecido como “transtorno do colapso das colônias”, pelo que as abelhas abandonam suas colmeias durante o inverno e acabam morrendo com este tipo de produto químico.
“Demonstramos outra vez neste estudo que os neonicotinoides são muito provavelmente os responsáveis por desencadear o CCD nas colmeias que estavam saudáveis antes da chegada do inverno”, explicou em comunicado o diretor da pesquisa e professor associado de Harvard, Chenseng Lu. Veja o artigo: Bulletin of Insectology Artigo Lu
Estudo mostra relação entre pesticida e desaparecimento de abelhas
Chamado de Colony Colapse Disorder (CCD) em inglês, trata-se de um fenômeno onde abelhas abandonam suas colmeias deixando para trás suas crias e comida. O CCD atinge principalmente os Estados Unidos e começou a ser notado no final de 2006. Não se sabe ao certo porque acontece esse esvaziamento das colmeias, já que normalmente elas são encontradas vazias, com pouca ou nenhuma abelha morta.
As abelhas estão desaparecendo. E isso é preocupante.
“No Brasil, apicultores de diversos Estados têm relatado perdas substanciais – e muitas vezes inexplicáveis – em suas colmeias. Além de Santa Catarina, também Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul estão entre os afetados.
Para o Prof. Dr. Lionel Segui Gonçalves, professor aposentado da USP de Ribeirão Preto, e atualmente professor visitante da UFERSA-RN, o Brasil sofre com o uso indiscriminado de agrotóxicos, e não tem uma legislação de restrição efetiva. O prof. Lionel é um dos idealizadores da ONG Bee or not to be (“ter abelha ou não haver vida”, em tradução livre, fazendo um trocadilho com a frase de Shakespeare), que conduz a campanha permanente “Sem Abelha, Sem Alimento” de proteção às abelhas, lançada no final de 2013. O objetivo é conscientizar a população para a importância das abelhas e a necessidade de proteção destes insetos no Brasil e no mundo. A campanha recolheu 23 mil assinaturas em uma petição, entregue ao MAPA, Ibama e ao MMA em 2015, exigindo ações efetivas no combate ao declínio dos polinizadores.”